terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Conto 1 - parte um

Mãos quentes, prazer. Ele me olhava, me desejava, e eu estava ali, desejando, e me limitando, lutando contra minha vontade e o certo. Claro que algumas vezes eu acabava sendo levada pelo prazer. O prazer que não sentia a tanto tempo. Sua mão em meu colo, sua mão em meu cabelo, sussurros; sussurros e mais sussurros. Eu já não me agüentava mais, gozando, gozando, era como uma masturbação mental. – Adoro este termo.
     Estávamos em seu carro e tudo que eu me lembrava era de sua namorada, era de não querer fazer mal a ela, mas o tesão, mas seus lábios finos, estava a ficar louca, ele me perguntava se queria que parasse. Ele devia parar, era o melhor, eu ir embora, e ele ir para sua casa. Mas... sempre os “mases” mas, mas, mas, mas... Porque existe tal palavra?
     Nunca a entendi..  Mas, mas meu prazer, mas me incendiava. Ardia, ele também. Eu o desejava como a primeira pessoa. Como um primeiro namorado proibido. Eu precisava disso. Precisava me convencer de que não era errado, para poder fazer.
     Poder deitá-lo, poder subir em cima dele, o beijar, gemer, precisava, estou excitadíssima! E vou continuar, com a missão inacabada, desejando, desejando, desejando.... e assim estou, estarei, estive. O que queria?
     Queria transar com ele, queria aquelas mãos grandes e geladíssimas, em meu corpo quente, queria ser dele, e que ele fosse meu. Queria beijá-lo, abraçá-lo, e queria esquecer os acentos no final destas palavras. Queria poder infringir as regras, sem ver vermelho ou verde debaixo deles. Quero sexo. Preciso de sexo.
    Queria ouvir seu gemido, suar meu corpo no dele, nua, descabelada, beijado como um bom ariano faz. E sabe fazer. Transformar aquele momento, no momento do próximo banho, do próximo não-sono. Queria o silêncio total da noite. Escura, sem lua. Apenas eu

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